Bacchus
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- Categoria: cepas
Nenhum nome é mais sugestivo, para uma uva, do que esse... Então, vamos conhecê-la?
Essa é uma cepa branca, de origem alemã. Mas o país com o qual ela é mais associada, atualmente, é o Reino Unido. Sim, os britânicos também fabricam vinho, para quem não sabia. Se quiser ler sobre isso, clique aqui.
Se a origem geográfica é clara, a genealógica não é. Há quem afirme que a Bacchus nasceu do cruzamento entre a Müller-Thurgau e a Silvaner, e há quem sustente que seus “pais” são a Silvaner e a Riesling. Para criar ainda mais confusão, várias fontes garantem que ela é fruto do cruzamento da Müller-Thurgau com uma uva que teria sido originária do cruzamento entre a Riesling e a Silvaner... Família confusa, essa!
Na Alemanha, a Bacchus aparece mais em vinhos de corte do que em varietais, fornecendo toques florais aos seus pares. Mas, em anos excepcionais, a Bacchus acaba sendo responsável por vinhos de sobremesa alemães bastante interessantes, muitos deles a partir de uvas botritizadas (atingidas pelo fungo Botrytis cinerea).
Mas os produtores alemães acabam dando preferência, mesmo, para o cultivo da Riesling, deixando a Bacchus para ser cultivada somente naqueles lugares onde a Riesling não apresenta bons resultados, em geral nas partes mais frias das regiões de Pfalz, Rheinhessen e Franken.
No Reino Unido, contudo, é onde a Bacchus alcança seu potencial, entregando vinhos de caráter herbáceo, frescos e aromáticos. Amplamente cultivada na Inglaterra, sendo uma das peças mais importantes do quebra-cabeças panorâmico do vinho inglês, a Bacchus costuma receber o apelido de Sauvignon Blanc da Inglaterra.
Além da Alemanha e do Reino Unido, essa cepa também é cultivada na Suíça e no Canadá.
De amadurecimento precoce, a Bacchus dá os seus melhores resultados em climas frios, e precisa de um rígido controle de rendimento, que garanta a concentração dos seus aromas e sabores.
Os aromas que costumam ser mais associados a Bacchus são os frutados e cítricos, com notas de noz moscada, cominho e groselhas brancas. A cor do vinho é amarela, de tonalidade clara, e os bons exemplares trazem muito equilíbrio entre doçura e acidez.
Para aproveitar o caráter de um vinho elaborado com a variedade Bacchus, as melhores escolhas são frutos do mar ou então carne de porco.
Por fim, voltemos ao nome. Bacchus, ou Baco, era como os romanos identificavam Dionísio. Ou seja, Baco era o deus romano equivalente ao grego Dionísio, sobre o qual você pode ler mais, se quiser, clicando aqui.
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