Qual o seu vinhotipo?
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- Categoria: degustando
Para entender essa ideia, primeiro vamos voltar aos tempos de escola, para lembrar o que são características genotípicas, e fenotípicas...
O termo genótipo refere-se a nossas características de origem, ou seja, à constituição genética do indivíduo, imutável.
O termo fenótipo, por sua vez, refere-se a nossas características de evidência, ou seja, à manifestação da interação da genética com o ambiente, que pode ser observada e, também, alterada.
Um dos exemplos mais usados para explicar esses conceitos é a cor da pele. Um indivíduo pode ter características genéticas que definam sua cor de pele como clara, e que são comprováveis por testes de laboratório. Se ele nasceu com essa genética, morrerá com ela. Mas a cor da pele, em si, é o seu fenótipo, que é visível e pode ser alterado, por exemplo, através da exposição ao Sol.
E o que toda essa teoria tem a ver com o vinho?
Um importante profissional, e um dos primeiros americanos a ganhar o título de Master of Wine, chamado Tim Hanni, adaptou esse conceito científico, para criar uma teoria sobre os diferentes paladares para o vinho. Vamos conhecer...
Segundo ele, nós também temos características vinhotípicas, que são observáveis e alteráveis, e que resultam da interação das nossas sensibilidades sensoriais genotípicas com um ambiente relacionado ao vinho.
O que isso quer dizer? Que cada apreciador de vinho tem, fisiologicamente falando, maior ou menor sensibilidade e percepção sensorial. E cada apreciador de vinho também sofre influência do seu grupo de convivência, e do seu gosto pessoal.
Partindo desse princípio, Tim Hanni criou 4 vinhotipos, para enquadrar todos os enófilos:
Meigo. É o mais sensível de todos, fisiologicamente falando. O tipo de pessoa que sente muito frio, não tolera música muito alta, nem cheiros muito fortes. Prefere vinhos suaves, cuja doçura mascara o amargor e o álcool.
Hiper sensível. Grupo que compreende o maior número de pessoas. Esse indivíduo normalmente adora fragrâncias, e se deleita com suas memórias olfativas. Prefere vinhos secos e com baixo teor alcoólico.
Sensível. Essa pessoa dança conforme a música, e adora novas experiências, que dão tempero à vida. Os sensíveis são os enófilos mais aventureiros de todos, e, com o tempo e com a experiência, acabam buscando os vinhos mais equilibrados.
Tolerante. O tolerante é o sujeito do branco no preto. Do tudo ou nada. O tolerante tem uma clara preferência por grandes e intensos vinhos tintos, por altos teores alcoólicos, e altos níveis de taninos.
Você concorda com essa classificação? Acha que você se enquadra em algum vinhotipo?
E enquanto pensa sobre o assunto, se quiser ler mais sobre o título de Master of Wine, que foi citado nesse artigo, clique aqui.
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